sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Carl Andre


Sempre me pareceu importante o chão. Se há algo que não podemos questionar é o chão, a ideia de peso. As coisas pesam o que importam. Se não fora o peso, a prisão que nos priva do céu, e nos lembra a nossa condição humana, há muito nos teríamos perdido numa infinidade redundante. 
Gosto de pensar a partir do chão. As coisas crescem a partir do chão, é a "origem de tudo", isso tem de importar, só pode ser importante. 
Numa altura em que se vive do "ar" pareceu importante relembrar do chão, se nos mantermos no chão, talvez seja mais fácil voar.

Wiel Arets

Wiel Arets, Wiel Arets Architects 'Recent Projects' from GSA on Vimeo.

terça-feira, 19 de julho de 2011

A propósito de um workshop na Croácia

Acontece sempre algo, positivo ou negativo, que me faz reflexionar sobre a complexidade do acto de viver. Penso que, tudo se resume á busca Consciente ou não, de momentos agradáveis, prazerosos e, efémeros. Felicidade?
Só apreciamos o quanto fomos felizes no momento preciso em que começamos a sofrer por ela se ter esfumado.
Viver, ou sobreviver, resume-se assim num processo antagónico, de coisas opostas, que se vão negando e renegando num ciclo entusiástico, agindo como antípodes e, ao mesmo tempo, como emparelhamentos contínuos.

Em realidade parece-me devéras muito bonito

segunda-feira, 13 de junho de 2011

"Nouveau MCBA . Lausanne"

estudio Barozzi Veiga ganham concurso internacional para o novo mcba de lausanne.

De entre os 18 finalistas estavam nomes conceituados como Souto Moura, Caruso St. Jonh, Sergison Bates, Harry Gugger, Gigon/Guyer e Bernard Tshumi...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sem titulo creio eu...

Sucedem se as semanas em Madrid, e os dias passam neste pequeno ciclo cheio de nadas bem e mal passados. Agora com o aproximar (ou não) do final de mais este período penso e repenso tantas outras coisas que podia ter feito e, no final fico ainda assim contente por estar aqui, por o saldo ser positivo.
Antes da semana santa fui com o “taller” de projectos numa maravilhosa viagem pela Sicília, o roteiro era baseado no que Asplund havia seguido, fácil de perceber a opção visto ser a cátedra do professor Lopéz-Pelaéz.
Foi uma viagem fantástica, não em si por qualquer momento em especial, em realidade não houve um momento especial provavelmente, talvez a grande qualidade tenha sido essa mesmo, foi um apenas somar de pequenas coisas, nunca houve (como em outras viagens também elas excelentes) uma obra de referência, uma cidade apaixonante, tudo foram pequenos acontecimentos, deliciosos efémeros minutos de pura degustação sensorial ( se bem que todos os almoços e jantares duraram mais que vários minutos).
Assim, deparei-me uma vez mais com o prazer das pequenas coisas, dos pequenos gestos, das pequenas obras e, dos pequenos reencontros…
Foi a primeira vez que fiz uma viagem sem máquina fotográfica, não que tenha sido planeado, foi apenas um fortuito acaso da minha tremenda incapacidade para tudo que tem que ver com planear, antecipar ou ordenar, mas na verdade não há qualquer tipo de magoa ou tristeza por não trazer fotos, mais que gravado por um pulsar anatómico de um botão seguido de um flash, as imagens ficaram gravadas na minha memória de forma eficaz por um processo simples de percepção, contemplação e deslumbramento, assim, parece me cada vez mais que se torna mais fácil desfrutar do que nos envolve quando a relação entre olho e objecto está “desprovida” de qualquer tipo de filtro.



terça-feira, 19 de abril de 2011

...mais um para o Siza

SIZA GANHA MEDALHA DE OURO DA UIA

A União Internacional de Arquitectos deliberou atribuir a Medalha de Ouro ao arquitecto Siza Vieira. A candidatura do arquitecto portuense aquele que é um dos mais prestigiados galardões, foi desta feita proposta pelo RIBA – Royal Institute of British Architects, anunciou o portal da Ordem dos Arquitectos Secção Regional Sul.

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Toda a arquitectura pressupõe uma determinada relação entre a opacidade natural da maioria dos materiais empregados e a luz exterior. Os grossos muros românicos abriam-se dificilmente para que a claridade do dia movesse, num espaço que parecia recusá-las, as sombras que precisamente iriam dar-lhe sentido. A sombra é o que permite fazer a leitura da luz. O gótico rasgava-se verticalmente em vitrais que, dando passagem à claridade, ao mesmo tempo a matizavam para resgatar no último instante o efeito misterioso da penumbra. Mesmo nos modernos tempos, quando a parede é, em grande parte, substituída por aberturas que quase a anulam, que a fazem desaparecer em absurdos revestimentos de vidro que diluem os seus próprios volumes num processo de caleidoscópicas reflexões e projecções, a necessidade de apoio de que o olho humano não pode prescindir procura ansiosamente um ponto sólido onde possa descansar e contemplar.
Não conheço na arquitectura moderna uma expressão plástica em que o primórdio da parede seja tão importante como na obra de Siza Vieira. Esses muros longos e fechados surgem, à primeira vista, como inimigos inconciliáveis da luz, e, ao deixarem-se finalmente perfurar, fazem-no como se obedecessem contrariados às inadiáveis exigências da funcionalidade do edifício. A verdade, porém, segundo entendo, é outra. A parede, em Siza Vieira, não é um obstáculo à luz, mas sim um espaço de contemplação em que a claridade exterior não se detém na superfície. Temos a ilusão de que os materiais se tornaram porosos à luz, de que o olhar vai penetrar a parede maciça e reunir, em uma mesma consciência estética e emocional, o que está fora e o que está dentro. Aqui, a opacidade torna-se transparência. Só um génio seria capaz de fundir tão harmoniosamente estes dois irredutíveis contrários. Siza Vieira é esse taumaturgo."

José Saramago 

domingo, 13 de março de 2011

Peter Zumthor "House of the Mosaics"

Encomendado pela Unesco e pela Autoridade Palestiniana ao vencedor do Prêmio Pritzker Peter Zumthor, acasa dos mosaicos é um projeto que oferece abrigo a maior mosaico conhecido do Oriente Médio. O Palácio Hisham, lar deste mosaico de azulejos coloridose muito detalhados, foi construído em 700AD e está situado na periferia norte de Jericó, uma das mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo. O mosaico, juntamente com inúmeras outras ruínas estão suscetíveis a danos, E a proposta surge assim como uma proteção para a um tesouro da humanidade.

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Andrea Deplazes y Franscisco Mangado, miercules en la ETSAM