quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sem titulo creio eu...

Sucedem se as semanas em Madrid, e os dias passam neste pequeno ciclo cheio de nadas bem e mal passados. Agora com o aproximar (ou não) do final de mais este período penso e repenso tantas outras coisas que podia ter feito e, no final fico ainda assim contente por estar aqui, por o saldo ser positivo.
Antes da semana santa fui com o “taller” de projectos numa maravilhosa viagem pela Sicília, o roteiro era baseado no que Asplund havia seguido, fácil de perceber a opção visto ser a cátedra do professor Lopéz-Pelaéz.
Foi uma viagem fantástica, não em si por qualquer momento em especial, em realidade não houve um momento especial provavelmente, talvez a grande qualidade tenha sido essa mesmo, foi um apenas somar de pequenas coisas, nunca houve (como em outras viagens também elas excelentes) uma obra de referência, uma cidade apaixonante, tudo foram pequenos acontecimentos, deliciosos efémeros minutos de pura degustação sensorial ( se bem que todos os almoços e jantares duraram mais que vários minutos).
Assim, deparei-me uma vez mais com o prazer das pequenas coisas, dos pequenos gestos, das pequenas obras e, dos pequenos reencontros…
Foi a primeira vez que fiz uma viagem sem máquina fotográfica, não que tenha sido planeado, foi apenas um fortuito acaso da minha tremenda incapacidade para tudo que tem que ver com planear, antecipar ou ordenar, mas na verdade não há qualquer tipo de magoa ou tristeza por não trazer fotos, mais que gravado por um pulsar anatómico de um botão seguido de um flash, as imagens ficaram gravadas na minha memória de forma eficaz por um processo simples de percepção, contemplação e deslumbramento, assim, parece me cada vez mais que se torna mais fácil desfrutar do que nos envolve quando a relação entre olho e objecto está “desprovida” de qualquer tipo de filtro.



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